quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Num dia que passou me debrucei na janela e vi lá longe um homem só, sentado no sofá. Naquele instante me senti muito confortável e um pouco menos só na minha solidão. No natal mostraram um texto desses conhecidos e eu lembro que tinha uma parte assim: "não importa o quanto você se importe, as pessoas simplesmente não se importam". Engraçado isso vir de quem veio, muito engraçado. Mas é fato. Gritos nunca serão escutados, o fim nunca virá. Ano passado eu lembro de ter escrito em uma cadeira algo assim "toda prece é ouvida, toda graça é alcançada". Deus existe e ele é bom. As pessoas grandes são ruins e sempre serão. Essa é a lei da vida, essa é a parte triste. Todos nós nascemos para sermos corrompidos. Adeus, Peter Pan. Tantas noites eu chorei procurando por você.

Maria Clara Valentin